De boas intenções o inferno está cheio.
— Ditado popular
Recentemente, tenho dito que não acredito em pessoas más. O que devem achar polêmico, dado tudo o que vem acontecendo no mundo. “Olha o tanto de gente má! Olha o Trump!”. Ainda assim, não acredito em uma pessoa “má e ponto final”. Portanto, tampouco acredito em uma pessoa simplesmente boa. Acredito em traumas, em maus exemplos e até mesmo em narrativas.
Mas calma lá. Dizer que ninguém é mau não é isentar as pessoas das consequências de suas ações. Não existem pessoas más, mas existem atos maus. Muitos. Que devem ser combatidos, punidos e evitados. A pergunta é: de onde vem isso?
Por isso, esta semana resolvi visitar o assunto “maldade” nesta biografia mais do que incompleta do mal, para entender que todo mundo, de Platão a Jung, tem uma opinião do que nos faz maus.
Mas antes, recadinhos
➡ Está no ar o segundo episódio do meu novo podcast, o É sobre isso, uma produção Ampère e Beet. Desta vez discutimos se nostalgia vende. Antigamente é que era bom?
➡ O Clube de Cultura do Boa Noite Internet chegou ao fim de A crise da narração, de Byung-Chul Han e agora chegou a hora de você ajudar a escolher para onde devemos partir semana que vem.
➡ Sim, nós temos um Discord — mesmo que toda semana eu esqueça de falar dele. Em um mundo onde as redes sociais ficam nos mostrando gente que nem seguimos, lá é o melhor lugar para encontrar pessoas que pensam como você. Passa lá e entra em um dos vários papos, de comidinhas a Ruptura.
Grécia Antiga: O Mal Como Ignorância
Na Grécia antiga, o mal não era uma força sobrenatural ou uma essência. Para os gregos, fazer o mal significava estar perdido, confuso, desorientado. A ideia de que pessoas más não existem, apenas ações más, tem raízes profundas no pensamento socrático-platônico.
Sócrates defendia que ninguém faz o mal por querer. Quando alguém age de forma prejudicial, é porque não compreende o verdadeiro bem. Uma pessoa que rouba, por exemplo, não entende que a justiça traz mais felicidade que o ganho material imediato. O mal, portanto, nasce da ignorância moral — da incapacidade de perceber o que realmente importa na vida.
Platão desenvolveu essa ideia em sua teoria das formas. Ele argumentava que o mundo material é apenas um reflexo imperfeito de um reino superior de ideias puras e perfeitas. O bem seria uma dessas formas perfeitas, uma realidade suprema que todos desejam naturalmente. O mal acontece quando perdemos a conexão com essa realidade superior. É como tentar chegar a um destino com um mapa errado: você se perde não porque quer, mas porque sua referência está errada.
Seu discípulo Aristóteles trouxe essa discussão para um terreno mais prático. Para ele, a virtude não é um ideal abstrato, mas um hábito desenvolvido pela prática. O mal não é uma força misteriosa, mas um desvio do caminho natural para a eudaimonia — um estado de florescimento humano que combina excelência moral com bem-estar. É como um arqueiro que erra o alvo: o problema não é uma “essência maligna”, mas falta de prática e equilíbrio.
Essa visão grega do mal como erro e não como essência influenciou profundamente o cristianismo primitivo. Clemente de Alexandria e Orígenes, por exemplo, defendiam que até o diabo poderia ser redimido — afinal, se o mal é ignorância, a instrução pode corrigi-lo. Mas essa perspectiva otimista acabou perdendo espaço para uma visão mais sombria do mal como corrupção fundamental da natureza humana.
A compreensão grega do mal como ausência de conhecimento, e não como presença de maldade, ressoa com descobertas contemporâneas em psicologia e neurociência. Estudos mostram que comportamentos antissociais estão frequentemente ligados a déficits em habilidades como empatia e autorregulação — habilidades que podem ser desenvolvidas. Então, veja só, talvez os gregos estivessem certos e o caminho para reduzir o mal no mundo passa mais pela educação que pela punição.
Cristianismo: O mal como pecado e queda
Quando eu era criança-católica no Rio, morria de medo do inferno. De que alguma coisa que eu fizesse me condenaria para sempre àquele lugar. Logo eu, que, como lembraram bem os gregos, ainda nem sabia direito o que era viver.
O cristianismo transformou radicalmente a ideia grega do mal como erro de julgamento. No Antigo Testamento, o mal já aparece como uma força concreta no primeiro capítulo. A serpente não é ignorante — ela sabe exatamente o que está fazendo. E Deus não perdoa o erro: expulsa Adão e Eva do paraíso, condenando toda a humanidade — até as criancinhas cariocas, milhares de anos depois.
O conceito judaico original era mais sutil. A ideia de yetzer hara — a inclinação para o mal — não era vista como intrinsecamente ruim. Era um impulso necessário, que precisava ser direcionado. Sem ele, diziam os rabinos, ninguém construiria casas, casaria ou teria filhos. O problema não era ter o impulso, mas deixar que ele nos dominasse.
O inferno que me atormentava quando criança ganhou forma no Novo Testamento: o Gehenna — originalmente um vale fora de Jerusalém usado como depósito de lixo, onde o fogo queimava constantemente, Gehenna acabou se transformando em uma poderosa imagem do juízo final. No Antigo Testamento, o inferno mal aparece. A palavra hebraica Sheol indicava apenas um lugar sombrio para onde todos os mortos iam, bons e maus. Mas para os primeiros cristãos, Gehenna já não era só metáfora: era um lugar real de punição eterna, uma ideia que ganhou força com influências gregas e persas.
Agostinho de Hipona deu nova forma a essa visão do que é o mal. Para ele, o mal não tinha substância própria — era ausência de bem, como a escuridão é ausência de luz. Mas, diferente dos gregos, ele não via isso como mero erro cognitivo. Era uma corrupção profunda da vontade humana, resultado do pecado original.
Tomás de Aquino tentou conciliar essa visão cristã com Aristóteles. O mal continuava sendo privação do bem, mas tinha um papel no plano divino. Do mesmo jeito que a sombra realça a luz, o mal permitiria que o bem se manifestasse mais claramente. Um leão matando uma gazela parece cruel, mas contribui para a perfeição do universo.
Essa visão do mal como realidade concreta — seja como força ativa ou como corrupção fundamental — marcou profundamente o pensamento ocidental. Mesmo depois que o inferno perdeu força como ameaça literal, a ideia de uma natureza humana falha seguiu entre nós.
Iluminismo e racionalismo: o mal como oposição ao progresso
O Iluminismo trouxe uma ruptura radical com a visão cristã do mal. Se antes o problema era espiritual, agora era racional. Se antes a solução era a graça divina, agora era a educação. O século 18 acreditava que a razão poderia curar todas as doenças da alma. (Ou seja, ainda estou no século 18.)
Immanuel Kant foi quem melhor articulou essa visão. Para ele, o mal surge quando escolhemos seguir nossos impulsos em vez da lei moral universal. Não é uma força externa nem uma corrupção inata, mas uma escolha. Uma escolha que a razão pode corrigir.
Mas Kant não era bobo. Ele reconhecia que os humanos têm uma propensão ao mal — o que chamou de “mal radical”. Não por serem naturalmente maus, mas porque é mais fácil seguir inclinações que princípios. É mais cômodo mentir quando a verdade é inconveniente. Mais simples ignorar o sofrimento alheio quando ele não nos afeta.
Jean-Jacques Rousseau tinha outra explicação. Para ele, o ser humano nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Era uma inversão completa da doutrina do pecado original. O problema não estava na natureza humana, mas nas instituições sociais que a deformavam. A solução, portanto, não era individual, mas coletiva: era preciso reformar a sociedade.
Thomas Hobbes ofereceu uma terceira via. Para ele, os humanos viviam naturalmente em um estado de guerra de todos contra todos. Não por serem moralmente maus, mas por agirem guiados pelo instinto de autopreservação e pela desconfiança mútua. Na ausência de um poder central forte, cada indivíduo busca garantir sua sobrevivência, gerando um ciclo perpétuo de violência. O mal, portanto, não era uma essência das pessoas, mas uma consequência inevitável da vida sem governo.
John Locke trouxe a ideia de tabula rasa: nascemos como uma folha em branco, sem tendências inatas para o bem ou mal. Uma teoria que dá muito poder a quem segura a caneta. Mas Locke não defendia um determinismo social simplista. Para ele, embora a experiência molde nosso caráter, temos a capacidade natural de aprender com erros e usar a razão — o que o aproxima de Kant. Além disso, sua defesa de direitos naturais (vida, liberdade e propriedade) sugere que a “folha em branco” já vem com algumas regras fundamentais.
Essas visões — a kantiana do mal como escolha, a rousseauniana do mal social, a hobbesiana do mal como consequência da ausência de ordem e a lockiana do mal como produto da experiência — ainda disputam espaço em debates até hoje. Quando acontece um crime, perguntamos: foi escolha do criminoso ou uma falha da sociedade? Mesmo sem ter lido nenhum desses filósofos, você talvez tenha preferência por uma das respostas.
O Iluminismo também mudou nossa relação com o mal: ele deixou de ser um mistério teológico e virou um problema técnico. Se o mal é ignorância, o conhecimento pode acabar com ele. Se é produto social, as instituições podem evitar que ele aconteça. Era uma visão otimista, talvez ingênua (quem participou do Clube de Cultura de Nexus sabe). Mas foi lançada aí a ideia de que podemos combater o mal com ferramentas racionais.
A própria resposta ao mal mudou nessa época. Se ele não é um castigo divino, mas um problema social ou racional, então as instituições precisam ser desenhadas para que ele não aconteça. O conceito moderno de direitos humanos nasce justamente desse período. É a ideia de que existem direitos fundamentais que precisam ser protegidos por lei, não por serem dádivas divinas, mas por serem essenciais à dignidade humana. As prisões, por exemplo, começam a ser pensadas não só como punição, mas como espaços de reforma — ainda que essa visão nem sempre se concretize na prática.
Século 19: O mal como construção social e biológica
“Deus está morto!” O coitado do Friedrich Nietzsche deve se arrepender de ter dito isso, porque é a única coisa que lembram dele. O século 19 matou várias coisas além de Deus. Matou também a ideia do mal como conceito absoluto. Nietzsche, na “Genealogia da moral”, mostrou como nossos valores morais têm história. A moral dos nobres e guerreiros celebrava a força e o poder como virtudes. O mal, para eles, era a fraqueza. Mas os fracos e oprimidos criaram sua própria moral, onde transformaram sua impotência em virtude. A humildade e a compaixão viram, assim, valores supremos, enquanto a força e o poder viraram pecados. O cristianismo, segundo ele, era o ápice dessa inversão de valores.
Charles Darwin complicou ainda mais as coisas. A seleção natural sugeria que comportamentos que chamamos de maus — agressão, egoísmo, violência — eram parte natural da evolução. O darwinismo social levou essa ideia ao extremo, dizendo que o mal não só era natural como necessário para o progresso da espécie.
Karl Marx ofereceu outra perspectiva: o mal não estava nos genes, mas no capital. A maldade humana era produto das relações econômicas. Mude a economia e a natureza humana muda junto. Era um Rousseau com estatísticas e consciência de classe.
Ao mesmo tempo, a ciência começava a estudar o cérebro criminoso. Cesare Lombroso media crânios tentando achar a geometria do mal. Sigmund Freud cavava o inconsciente em busca de traumas originais. A velha serpente do Éden agora tinha nome técnico: psicopatologia.
Mas a ciência trouxe também suas contradições. Se o mal é produto da biologia ou da sociedade, como julgar alguém por suas ações? Se somos determinados por genes ou classe social, onde fica o livre arbítrio que tanto preocupava Kant?
O século 19 não resolveu essas questões. Mas mudou para sempre o modo como pensamos sobre o mal. A maldade virou questão de adaptação e sobrevivência. Não era mais problema dos padres e sim dos cientistas e revolucionários.
Século 20: o sistema é foda, parceiro
O século 20 descobriu que o mal não precisa de demônios, só de uma burocracia eficiente a serviço de um sistema destrutivo.
Hannah Arendt cunhou o termo “banalidade do mal” ao assistir ao julgamento de Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto. Ela achou que ia encontrar um monstro. O que viu foi só um burocrata medíocre que falava clichês e dizia que só queria fazer bem seu trabalho.
O século viu nascer uma forma inédita de maldade: burocrática, impessoal, em escala industrial. Não era mais produto da ignorância grega, do pecado cristão ou da natureza darwiniana. Era resultado de sistemas modernos que transformavam pessoas comuns em engrenagens de uma máquina de destruição.
Freud trouxe outra perspectiva. Para ele, o mal surgia do embate entre duas forças fundamentais: Eros, o instinto de vida, e Tânatos, o instinto de morte. Quando Tânatos não encontra uma válvula de escape saudável, ele se manifesta como destruição.
Os traumas da infância, segundo Freud, plantavam sementes que brotavam mais tarde como crueldade. Uma criança maltratada podia se tornar um adulto que maltrata — não por maldade inata, mas por uma compulsão inconsciente de repetir o trauma. Não sei se é compulsão, mas como falei no começo, acho que muitas das violências que cometemos nascem de traumas e de uma caixa de ferramentas emocionais incompleta.
Melanie Klein, austríaca como Freud, mas pós-freudiana, aprofundou essa ideia estudando bebês. Ela percebeu que desde cedo experimentamos impulsos de amor e ódio. Um ambiente hostil nos primeiros anos de vida pode distorcer permanentemente nossa visão do mundo, fazendo com que vejamos ameaças onde não existem.
Carl Jung completou o quadro com seu conceito de sombra — aquela parte nossa que reprimimos e negamos. Quanto mais nos recusamos a olhar para nossa própria escuridão, mais a projetamos nos outros. O nazista que via judeus como demônios estava, na verdade, fugindo de seus próprios demônios internos. Freud via o inconsciente como um reservatório de traumas reprimidos, enquanto Jung enxergava nele forças arquetípicas que podiam tanto iluminar quanto corromper a psique.
Anos depois, no que ficou conhecido como O Experimento de Milgram, pessoas comuns aceitavam aplicar choques letais em estranhos só porque uma autoridade mandava. Ali, o mal nem precisava de ideologia. Bastava obediência.
Philip Zimbardo foi além no experimento da prisão de Stanford1. Quando colocados em papéis de poder, os participantes rapidamente se transformavam em torturadores. O mal não precisava nem de ordens superiores. Bastava um contexto propício.
O verdadeiro horror não está nos monstros extraordinários, mas na normalidade cotidiana que pode, com pequenos passos, nos levar ao abismo.
Século 21: @malrealoficial
A tecnologia criou novas formas de maldade ou só deu nova roupagem às antigas? O século 21 vai responder essa pergunta enquanto lida com trolls, fake news e algoritmos que podem amplificar o pior em nós.
Philip Zimbardo expandiu sua pesquisa para além do experimento de Stanford. Sua teoria do “mal situacional” sugere que as circunstâncias importam mais que o caráter. Um ambiente tóxico pode transformar pessoas decentes em monstros. Um sistema corrupto pode normalizar a crueldade até ela parecer rotina.
A neurociência tenta trazer uma visão pragmática ao debate. Estudos com psicopatas mostram atividade reduzida na amígdala, região do cérebro ligada ao processamento emocional. Esses indivíduos têm dificuldade até para identificar expressões de medo ou tristeza nos rostos das pessoas. Mas traz mais perguntas do que respostas (adoro). Se alguém nasce com uma mente que não responde ao sofrimento alheio, podemos culpar essa pessoa por suas ações? Se a biologia nos molda, onde entra a responsabilidade moral?
O psicólogo Paul Bloom — que já passou por aqui — tem um livro inteiro sobre bem e mal, onde defende que os humanos já nascem com uma noção inata de moralidade. Em outro livro, ele critica nossa obsessão com empatia, essa palavra tão surrada. Para Bloom, a empatia seletiva pode ser uma fonte de mal: sentimos a dor de quem é parecido conosco, mas ignoramos o sofrimento do diferente. A razão, não a emoção, deveria guiar nossa moral.
Como vimos em Nexus, a internet trouxe seus próprios dilemas. O anonimato digital remove as barreiras sociais que normalmente inibem nossa crueldade. Algoritmos podem amplificar discursos de ódio sem que ninguém tenha planejado isso. Podemos ajudar o mal com um simples arrasta pra cima. John Gray observa tudo isso com pessimismo. Para ele, a ideia iluminista de que podemos eliminar o mal através da razão e do progresso é ingênua. O mal não é um bug da condição humana, mas uma feature. Sempre existirá porque faz parte de quem somos.
Mas… será? A mesma tecnologia que permite novos tipos de crueldade também cria formas inéditas de cooperação e conexão. O mesmo cérebro que pode falhar em sentir compaixão também pode aprender a ter mais empatia, ops, alteridade.
O século 21 ainda não decidiu se somos fundamentalmente bons, maus ou nenhum dos dois. Talvez esta seja uma daquelas perguntas eternas, mas, ao mesmo tempo, o que chamo de “uma ótima pergunta” — aquela onde a resposta não importa, só a jornada para chegar nela.
Além do horizonte
Este ensaio narrou uma história do mal muito específica: a europeia. Mas outros povos têm visões bem diferentes.
No taoismo chinês, bem e mal são forças complementares, como o yin e o yang. O problema não é eliminar o mal, mas reconhecer que ele faz parte da harmonia do universo. Tentar acabar com ele pode, paradoxalmente, gerar mais desequilíbrio.
O budismo vê o mal como apego e ignorância, meio como os gregos. Mas a solução budista não é educar a razão, e sim transcender o ego (alô Freud). Quando você percebe que o “eu” é ilusão, a diferença entre bem e mal também se dissolve.
A filosofia africana do Ubuntu propõe que a moralidade é coletiva. “Sou porque somos.” O mal não é uma escolha individual, mas um rompimento do tecido social. Quando uma pessoa faz uma coisa má, a comunidade perde equilíbrio, que precisa ser restaurado.
Estas são só algumas visões, que mostram que nossa obsessão ocidental com o mal como força absoluta, nossa busca por vilões e nossa crença no progresso moral podem ser limitantes. O mal talvez seja mais complexo que nossas categorias filosóficas consigam catalogar.
Então, existem pessoas más? Para mim, depois dessa jornada, a resposta continua sendo não. Você concorda?
Existem pessoas que fazem mal — por ignorância, medo, pressão social ou falha cerebral. Mas rotular alguém como “simplesmente mau” é cair na mesma armadilha que tentamos evitar desde o início.
Por hoje é só
Gostou desse formato ou… mandei mal? Diz aí nos comentários. Se vocês curtirem, penso em outros ensaios deste tipo.
Cuidem de si, cuidem dos seus. Até a próxima.
crisdias
Pesquisas posteriores mostraram que o estudo teve falhas metodológicas graves, como instruções implícitas que encorajavam o comportamento abusivo. O experimento gerou controvérsias metodológicas, mas sua tese continua influente: o mal pode emergir de papéis e contextos, sem necessidade de ordens explícitas.
Adorei o formato! Faz mais (ah lá o gráfico sempre apontando pra cima).
Gosto bastante de como o David Graeber e David Wengrow abordam essa ideia da origem do mal pela perspectiva da desigualdade em O Despertar de Tudo. Ultimamente tenho lido uns livros da Ursula K. Le Guin (que já apareceu em muita citação aqui pelo Boa Noite Internet) e tem uma visão muito legal de mundo misturando anarquismo e taoismo. Acho "Os Despossuídos" uma boa forma de mergulhar no mundinho dela, pra quem tiver interesse.