Discussão sobre este post

Avatar de User
Avatar de Lucas

Quando comecei a ler o livro me lembrei de uma conversa com um colega de trabalho uns anos atrás onde ele disse "se tivesse jeito de só participar da comunidade, mas sem as coisas religiosas, eu toparia". Achei engraçado e descabido na época e lendo o livro vi que é justamente o que ele disse.

Sou de uma família protestante e "cresci na igreja" no interior. Até os 20 e poucos anos a "igreja" era um grande definidor da minha vida. Hoje, beirando os 40, eu estou bastante desconectado. Faz bastante tempo que não participo de nada religioso.

Eu acho que fazer parte de uma igreja me expôs, muito cedo na vida, a situações em que dificilmente eu teria oportunidade fora dela: liderar um pequeno grupo de pessoas, aprender um instrumento e se apresentar para uma comunidade, praticar caridade.

Hoje vivo em outro país e o sentimento de me pertencer a uma comunidade me falta mais forte.

Eu gostaria de ver nossa sociedade fazendo uso destes benefícios sem a parte dogmática. Mas penso que, por ter feito parte de um contexto tão religioso, meus traumas me impediriam de separar as duas coisas tão facilmente.

Expand full comment
Avatar de Larissa Francez

Esse livro está guardadinho no meu Kindle há alguns anos já, desde que o Alberto Brandão falou dele (acho que ainda nem tinha saído do anonimato). Será que agora vai?

Como muita gente brasileira, cresci na família-católica-apostólica-freestyle: todo mundo batizado, casamento religioso sempre, mas ir à missa, no máximo, umas 2 vezes por ano… meus avós foram pais de santo também por um tempão, pra agregar a tudo rs

Hoje eu não acredito nem que sim nem que não, muito pelo contrário - tem quem diria que sou agnóstica, mas não sei dizer para falar a verdade. Como nunca foi uma obrigação grande para mim fazer parte da comunidade religiosa, gosto de explorar um pouco de cada.

Hoje moro em um país extremamente católico, em uma cidade conhecida por cidade dos bispos. E a religião é visivelmente parte do que mantém a comunidade e seus rituais. Sinto esse “awe” sempre que entro em um dos templos. O mais memorável para mim é um santuário católico no topo de um grande monte, já fui algumas vezes e sempre me deixa sem palavras. É muito sintomático que os gregos tenham escolhido uma montanha para ser o lar dos seus deuses.

Expand full comment
3 more comments...

Nenhuma publicação