Quando comecei a ler o livro me lembrei de uma conversa com um colega de trabalho uns anos atrás onde ele disse "se tivesse jeito de só participar da comunidade, mas sem as coisas religiosas, eu toparia". Achei engraçado e descabido na época e lendo o livro vi que é justamente o que ele disse.
Sou de uma família protestante e "cresci na igreja" no interior. Até os 20 e poucos anos a "igreja" era um grande definidor da minha vida. Hoje, beirando os 40, eu estou bastante desconectado. Faz bastante tempo que não participo de nada religioso.
Eu acho que fazer parte de uma igreja me expôs, muito cedo na vida, a situações em que dificilmente eu teria oportunidade fora dela: liderar um pequeno grupo de pessoas, aprender um instrumento e se apresentar para uma comunidade, praticar caridade.
Hoje vivo em outro país e o sentimento de me pertencer a uma comunidade me falta mais forte.
Eu gostaria de ver nossa sociedade fazendo uso destes benefícios sem a parte dogmática. Mas penso que, por ter feito parte de um contexto tão religioso, meus traumas me impediriam de separar as duas coisas tão facilmente.
Esse livro está guardadinho no meu Kindle há alguns anos já, desde que o Alberto Brandão falou dele (acho que ainda nem tinha saído do anonimato). Será que agora vai?
Como muita gente brasileira, cresci na família-católica-apostólica-freestyle: todo mundo batizado, casamento religioso sempre, mas ir à missa, no máximo, umas 2 vezes por ano… meus avós foram pais de santo também por um tempão, pra agregar a tudo rs
Hoje eu não acredito nem que sim nem que não, muito pelo contrário - tem quem diria que sou agnóstica, mas não sei dizer para falar a verdade. Como nunca foi uma obrigação grande para mim fazer parte da comunidade religiosa, gosto de explorar um pouco de cada.
Hoje moro em um país extremamente católico, em uma cidade conhecida por cidade dos bispos. E a religião é visivelmente parte do que mantém a comunidade e seus rituais. Sinto esse “awe” sempre que entro em um dos templos. O mais memorável para mim é um santuário católico no topo de um grande monte, já fui algumas vezes e sempre me deixa sem palavras. É muito sintomático que os gregos tenham escolhido uma montanha para ser o lar dos seus deuses.
Engraçado, quando pensava em religião sem o “Deus protagonista” sempre me vinha a cabeça o coach e técnicas para influência de massa, tinha um chefe que era envangelico fervoroso, e sua comunicação de pastor hipnotizava o time , mesmo os que não era religiosos, dava pra perceber que isso era uma técnica.
Eu já fui muito dentro da igreja católico e reconheço os arrepios das músicas e do grupo, os debates dos círculos , e todo efeito que causa a igreja no coletivo, estou ateu a algum tempo confesso que não é fácil esta posição também inclusive para passar pelos momentos destas questão da sociedade e da vida , além do sofrimento individual que vive batendo .
tem um termo que eu acho bacana ... espiritualidade laica ... de forma geral, quem está no "lado oposto" das religiões, toma uma relação beligerante com o tema, mas não dá fugir disso ... a nossa vida cultural tá moldada em religiões, quer queiramos ou não ... a gente precisa é repensar essas relações ... e, particularmente, concordo com a sua visão política disso, tenho ranço enorme nesse ponto ... gesuis amado ...
Me classifico como um ateu não radical. Fui criado numa familia evangélica e ate me batizei para poder comer o pão e o vinho, ou corpo e sangue de cristo, depois por muito tempo fiquei no papel de rejeitar e argumentar contra qualquer tipo de crença religiosa, bem coisa do adolescente/jovem adulto revoltado.
Hj sou alguém que não tem dúvidas sobre a própria crença mas que busca entender as diferentes religiões e o que trazem de bom. Varias vezes após ter me identificado como ateu fui a igrejas e templos, algumas obrigado e outras por curiosidade, e mesmo sem crer prestava atenção nas mensagens, ora pra confirmar as falácias que eu via, mas tbm pra tentar tirar a mensagem positiva daquilo e não ser completamente intolerante.
Sobre as praticas que fazem falta, sinto que os momentos diários para reflexão e agradecimento, que minha mãe costumava chamar de orar, são bem interessantes, e ressignifiquei isso de orações para meditações e escritas diárias. Algo que acho interessante tbm é a vida em comunidade que se criam em igrejas, e como se constrói uma rede de apoio.
Sempre que faço trilhas e/ou tenho a oportunidade de observar coisas realmente grandes, sinto que sou pequeno e que o universo é tao grande e complexo que somos somente um átomo dentro de algum organismo maior kkk mas ao mesmo tempo quando medito, fecho os olhos e tento imaginar minha consciência separada do meu corpo, me vejo como participante de algo único e superior a tudo, que transcende a minha existência e se conecta com todos os seres vivos que conseguem chegar nesse nível de consciência ou além.
Não acho que reciclar tradições seja oportunismo, na verdade vejo isso como um grande desafio necessário pra combater o individualismo e desenvolver uma vida em comunidade com mais significado e com pluralidade de cultura. Digo isso pois não vejo como desvincular a vida em comunidade de rituais, são ambas peças da mesma engrenagem e que fazem nos sentirmos pertencentes a algo.
Minha pratica secular favorita é a meditação, sem ela não conseguiria lidar com muitos dos problemas e nem ter desenvolvido a consciência física e emocional que tenho hj.
Quando comecei a ler o livro me lembrei de uma conversa com um colega de trabalho uns anos atrás onde ele disse "se tivesse jeito de só participar da comunidade, mas sem as coisas religiosas, eu toparia". Achei engraçado e descabido na época e lendo o livro vi que é justamente o que ele disse.
Sou de uma família protestante e "cresci na igreja" no interior. Até os 20 e poucos anos a "igreja" era um grande definidor da minha vida. Hoje, beirando os 40, eu estou bastante desconectado. Faz bastante tempo que não participo de nada religioso.
Eu acho que fazer parte de uma igreja me expôs, muito cedo na vida, a situações em que dificilmente eu teria oportunidade fora dela: liderar um pequeno grupo de pessoas, aprender um instrumento e se apresentar para uma comunidade, praticar caridade.
Hoje vivo em outro país e o sentimento de me pertencer a uma comunidade me falta mais forte.
Eu gostaria de ver nossa sociedade fazendo uso destes benefícios sem a parte dogmática. Mas penso que, por ter feito parte de um contexto tão religioso, meus traumas me impediriam de separar as duas coisas tão facilmente.
Esse livro está guardadinho no meu Kindle há alguns anos já, desde que o Alberto Brandão falou dele (acho que ainda nem tinha saído do anonimato). Será que agora vai?
Como muita gente brasileira, cresci na família-católica-apostólica-freestyle: todo mundo batizado, casamento religioso sempre, mas ir à missa, no máximo, umas 2 vezes por ano… meus avós foram pais de santo também por um tempão, pra agregar a tudo rs
Hoje eu não acredito nem que sim nem que não, muito pelo contrário - tem quem diria que sou agnóstica, mas não sei dizer para falar a verdade. Como nunca foi uma obrigação grande para mim fazer parte da comunidade religiosa, gosto de explorar um pouco de cada.
Hoje moro em um país extremamente católico, em uma cidade conhecida por cidade dos bispos. E a religião é visivelmente parte do que mantém a comunidade e seus rituais. Sinto esse “awe” sempre que entro em um dos templos. O mais memorável para mim é um santuário católico no topo de um grande monte, já fui algumas vezes e sempre me deixa sem palavras. É muito sintomático que os gregos tenham escolhido uma montanha para ser o lar dos seus deuses.
Engraçado, quando pensava em religião sem o “Deus protagonista” sempre me vinha a cabeça o coach e técnicas para influência de massa, tinha um chefe que era envangelico fervoroso, e sua comunicação de pastor hipnotizava o time , mesmo os que não era religiosos, dava pra perceber que isso era uma técnica.
Eu já fui muito dentro da igreja católico e reconheço os arrepios das músicas e do grupo, os debates dos círculos , e todo efeito que causa a igreja no coletivo, estou ateu a algum tempo confesso que não é fácil esta posição também inclusive para passar pelos momentos destas questão da sociedade e da vida , além do sofrimento individual que vive batendo .
Estou muito curioso com os próximos capítulos .
tem um termo que eu acho bacana ... espiritualidade laica ... de forma geral, quem está no "lado oposto" das religiões, toma uma relação beligerante com o tema, mas não dá fugir disso ... a nossa vida cultural tá moldada em religiões, quer queiramos ou não ... a gente precisa é repensar essas relações ... e, particularmente, concordo com a sua visão política disso, tenho ranço enorme nesse ponto ... gesuis amado ...
Me classifico como um ateu não radical. Fui criado numa familia evangélica e ate me batizei para poder comer o pão e o vinho, ou corpo e sangue de cristo, depois por muito tempo fiquei no papel de rejeitar e argumentar contra qualquer tipo de crença religiosa, bem coisa do adolescente/jovem adulto revoltado.
Hj sou alguém que não tem dúvidas sobre a própria crença mas que busca entender as diferentes religiões e o que trazem de bom. Varias vezes após ter me identificado como ateu fui a igrejas e templos, algumas obrigado e outras por curiosidade, e mesmo sem crer prestava atenção nas mensagens, ora pra confirmar as falácias que eu via, mas tbm pra tentar tirar a mensagem positiva daquilo e não ser completamente intolerante.
Sobre as praticas que fazem falta, sinto que os momentos diários para reflexão e agradecimento, que minha mãe costumava chamar de orar, são bem interessantes, e ressignifiquei isso de orações para meditações e escritas diárias. Algo que acho interessante tbm é a vida em comunidade que se criam em igrejas, e como se constrói uma rede de apoio.
Sempre que faço trilhas e/ou tenho a oportunidade de observar coisas realmente grandes, sinto que sou pequeno e que o universo é tao grande e complexo que somos somente um átomo dentro de algum organismo maior kkk mas ao mesmo tempo quando medito, fecho os olhos e tento imaginar minha consciência separada do meu corpo, me vejo como participante de algo único e superior a tudo, que transcende a minha existência e se conecta com todos os seres vivos que conseguem chegar nesse nível de consciência ou além.
Não acho que reciclar tradições seja oportunismo, na verdade vejo isso como um grande desafio necessário pra combater o individualismo e desenvolver uma vida em comunidade com mais significado e com pluralidade de cultura. Digo isso pois não vejo como desvincular a vida em comunidade de rituais, são ambas peças da mesma engrenagem e que fazem nos sentirmos pertencentes a algo.
Minha pratica secular favorita é a meditação, sem ela não conseguiria lidar com muitos dos problemas e nem ter desenvolvido a consciência física e emocional que tenho hj.