“Jejum de dopamina”, “Espaço, tempo e significado” e “Uma balança quebrada?”
Resumo comentado de Nação dopamina, parte 2
Segue o Clube de Cultura do Boa Noite Internet, com os comentários resumidos de Nação dopamina, da Dra. Anna Lembke, psiquiatra diretora-geral do Stanford Addiction Medicine Dual Diagnosis Clinic.
Já vimos o tamanho do problema na Parte I, agora vamos conhecer estratégias para vencer os vícios do mundo — de drogas a pornografia e telas de telefone.
Jejum de Dopamina, onde a Dra. Lembke apresenta seu método para gerenciar vícios que, em quatro semanas de abstinência, promete recalibrar nossos cérebros para lidar melhor com a gangorra de dopamina.
Quando Delilah voltou após um mês de abstinência, a transformação era visível. A pele brilhava, os ombros curvados sumiram e o semblante emburrado deu lugar a um sorriso radiante. “Estou te contando a verdade. Eu não via a erva como um problema. Não via mesmo. Mas agora que deixei de fumar, percebo o quanto fumar causava ansiedade em vez de curar.”
Espaço, Tempo e Significado: sobre como criar barreiras intencionais entre nós e nossas “drogas de estimação”. A Dra. Lembke apresenta o autocomprometimento como estratégia em um mundo onde o acesso à dopamina é praticamente infinito. Usando histórias reais dos seus pacientes, ela mostra como podemos usar o espaço físico, o tempo e até categorias mentais para nos proteger de nossas próprias compulsões.
No atual ecossistema rico em dopamina, todos nós nos tornamos prontos para uma gratificação imediata. Queremos comprar alguma coisa, e no dia seguinte ela aparece à nossa porta. Queremos saber alguma coisa, e no segundo seguinte a resposta aparece na nossa tela. Estamos perdendo a habilidade de descobrir coisas, ficando frustrados enquanto buscamos a resposta ou temos que esperar pelas coisas que queremos?
Uma balança quebrada?, onde Lembke questiona a premissa fundamental de sua própria profissão: a ideia de que problemas mentais são simples desequilíbrios químicos que medicamentos podem corrigir. O capítulo parte da história de um paciente dependente de heroína salvo pela buprenorfina para investigar como os remédios psiquiátricos podem simultaneamente nos ajudar e nos privar de algo essencialmente humano.
Ao nos medicarmos para nos adaptar ao mundo, a que tipo de mundo estamos nos ajustando? Sob o disfarce de tratar dor e doença mental, estaremos tornando grandes segmentos da população bioquimicamente indiferentes a circunstâncias intoleráveis?
Depois de ler os capítulos — ou os resumos comentados — é só partir para os comentários para nos desesperarmos juntos debatermos as ideias apresentadas.
Nos vemos lá.