A temporada de entrevistas do Boa Noite Internet voltou com tudo e temos nosso primeiro repetente! Não porque ele mandou mal na primeira vez que veio ao programa, mas porque se não fosse pelo incentivo dele sabe-se lá quando íamos voltar. Sim, estou falando do antropólogo do luxo: Michel Alcoforado.
E que conversa. A gente falou do livro novo dele, Coisa de Rico, que é daquelas leituras que dá de presente ao mundo uma nova lente para se ver o mundo. Você termina o livro vendo coisa de rico em tudo: do LinkedIn ao almoço em família, na série da academia e na harmonização facial.
Sabe o meme “quando ficar rico não direi nada, mas haverá sinais?”. Pois o Michel explica que “coisa de rico” não é só Ferrari ou casa em Angra, são justamente os sinais que mandamos para o mundo da nossa riqueza. Pode ser o filho que passou na Olimpíada de Matemática, o diploma de Harvard, o vinho certo dado na hora certa. É, também, a hora certa de rir. Porque existe uma risada de rico.
Falamos dos ricos que se acham pobres, dos pobres que acham que vão ficar ricos, dos emergentes que performam riqueza com força (e harmonização) e dos tradicionais que fingem que são ricos desde sempre. Tem coach vendendo “potencial desbloqueado”, tem influencer ensinando como ter atitude de rico, e tem a gente aqui tentando entender esse Brasil onde ninguém é rico, mas mundo tem seu “rico de estimação”.
Nessa conversa, aproveitei para desabafar, contando que o livro me fez feliz pelas escolhas que fiz na vida, até aquelas que me fizeram ganhar menos dinheiro. Porque, no fim das contas, como diria o próprio Michel, dinheiro não traz felicidade — mas ajuda a pagar a conta do sushi com o professor de cultura japonesa em Tóquio. E esse jantar não se agenda sozinho.
Vem ver ou ouvir, porque esse episódio está fino. E me conta depois: qual é a sua coisa de rico?
Ouça também:
Viciados em dopamina — com Michel Alcoforado
Após um longo dia de trabalho mandando e-mail, escrevendo roteiro, aprovando edições, fazendo reunião, enfim, olhando para uma tela, nada melhor para relaxar do que… olhar para mais telas! Pode ser na TV, mas provavelmente no telefone. E muitas vezes no mesmo computador que trabalhei o dia todo, só que agora jogando.