Ternura (Religião para ateus, capítulo 5)
Colinho de mãe, para sempre.
Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé e acalma o meu coração
— Roberto Carlos
A vida adulta é cheia de momentos em que as coisas dão errado. Fracassamos e sentimos vergonha disso, nos tornando impotentes. Usar a razão não é suficiente nestes momentos. Resta apenas o desejo primitivo de colo. Não queremos conselhos, só precisamos do gesto que diz: vai ficar tudo bem. É aí que chega a “santa mãe” nas religiões.
Maria no cristianismo, Guan Yin no budismo, Ísis no Egito, Deméter na Grécia, Vênus em Roma. Nem precisamos acreditar nelas, mas sim entender por que tantas culturas criaram figuras assim. O culto a essas “mães” fala mais sobre nós que sobre elas e suas religiões-base. Revela nossa permanente busca por acolhimento. Queremos ser vistos sem explicações, chorar sem julgamentos.
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