📙 O segredo está nos olhos — para criar, antes é preciso ver
Resumo comentado de “Inspiração”, capítulo 18.
O importante não é ver o que ninguém nunca viu, mas sim pensar o que ninguém nunca pensou sobre algo que todo mundo vê.
— Arthur Schopenhauer
Pessoas criativas veem o mundo de forma diferente? Enxergam detalhes que passam despercebidos para os outros e encontram sentido onde ninguém mais vê? E se nossos preconceitos e falsos medos estiverem limitando justamente nossa capacidade de enxergar?
Eu sou o tipo de pessoa que pode procurar a mesma coisa cinco vezes no mesmo lugar. Rodo a casa inteira, mas sempre volto naquela gaveta pensando: é pra estar aqui! E o pior é quando estava mesmo, o tempo todo, aparecendo só na quinta tentativa — ou quando a Anna vai lá e acha de primeira 😭.
Alguns anos atrás, fiz testes psicológicos — para analisar outras coisas — que me ajudaram a entender que isso não é só distração. É que enquanto meus olhos estão vasculhando a gaveta, minha cabeça já está em outros lugares, imaginando o que vem depois e repetindo aquele velho roteiro (e chicoteadas) de que eu nunca acho nada.
Outro jeito de dizer isso é que eu não estava vendo de verdade. Não estava presente. E para Matt Richtel a criatividade, talvez, comece justamente na retina — no ato de prestar atenção.
Em 2019, um estudo da Universidade da Califórnia mediu como pessoas criativas veem realmente o mundo. Os pesquisadores pediram a 88 estudantes que observassem uma série de imagens enquanto um software rastreava seus olhos. Também aplicaram testes de criatividade, curiosidade e um traço chamado esquizotipia — a tendência a pensar de forma mágica ou delirante. O resultado foi o seguinte:
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