📙 Medo — O motor da criatividade
Resumo comentado de “Inspiração”, capítulo 9.
Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.
— Liturgia do medo das Bene Gesserit, Duna, Frank Herbert
Como o medo de ameaças reais (diferente do medo da autoexpressão que vimos anteriormente) pode ser um poderoso motivador e acelerador da criatividade humana, impulsionando a busca por soluções e inovações?
Nem todo medo é do tipo paralisante. Enquanto o medo da autoexpressão e do julgamento externo pode sufocar a criatividade, o medo de ameaças legítimas funciona como combustível para a inovação.
Às vezes, porém, o medo é o melhor amigo do criador. Às vezes, existe, sim, um leão.
A varíola matou 300 milhões de pessoas apenas no século 20. Esse terror existencial motivou séculos de experimentação — desde curas bizarras como “doze garrafinhas de cerveja a cada 24 horas” até a variolação, técnica arriscada de expor pessoas saudáveis a amostras da doença.




