Entre bytes, links e watts: o consumo maluco da internet moderna
A internet esqueceu que é rede + o consumo de energia da IA
O mundo precisa de menos influenciadores que pensam ser experts e mais experts dispostos a influenciar.
— Juliana Meireles
Hoje no carro a Anna me mostrou essa frase que é a melhor explicação de porque resolvi fazer um curso sobre como apresentar suas ideias e falar em público. Estou cansado de ver gente que se limita a “ir lá e dar um show” se dando bem, enquanto quem realmente entende do assunto, sabe do que se trata, não vai muito longe
.
É por isso que quero te ajudar a contar suas histórias.
Esta é a última semana de precinho camarada no Apresentashow, meu curso sobre como contar histórias no trabalho, na palestra, na convenção corporativa, onde você quiser. Da página em branco ao “obrigado por virem ao meu TED talk”.
O dia em que a internet esqueceu de ser rede
O que faz a internet ser… a internet?
Não, não são os memes, nem o scroll infinito de vídeos curtos ou as últimas fofocas das celebridades. É algo muito mais fundamental e, ironicamente, cada vez mais raro: links.
A internet nasceu como uma teia. Web, rede, malha — escolhe aí a metáfora que você preferir. Ela foi concebida como um sistema interconectado, onde a informação flui de um ponto a outro. Os links são os canos de PVC dessa obra.
E aí, tudo isso mudou quando a Nação do Fogo atacou. A internet virou “social e mobáile” e, no processo, desenvolveu nojo a links.
Olha aí as plataformas que você mais usa. Quantas delas incentivam você a sair do seu ecossistema fechado? Quantas facilitam o compartilhamento de conteúdo externo?
“Link na bio”, no Instagram. “Link nos comentários” no LinkedIn. As redes sociais transformaram os links em párias digitais, os jogando para margens da experiência do usuário, com um certo ar de ilegalidade. Até o Twitter, rede onde textos e links sempre brilharam, começaram a perseguir os links quando virou X.
Por quê? Links não são good for business. Quanto mais tempo você passa em uma plataforma, mais anúncios ela pode te mostrar. Links para fora significam menos tempo de tela, menos propaganda exibida, menos lucro. É bom para eles e péssimo para nós. Links não são só pontos de vista diferentes, são formatos. Do Twitter para um vídeo, do LinkedIn para um podcast. Sem links a internet virou vídeo.
Sendo assim, proponho um teste simples para avaliar se uma plataforma digital é realmente boa. Veja o quanto ela gosta de links. Quanto mais fácil for compartilhar e acessar conteúdo externo, mais próxima ela está do espírito original da internet.
Afinal, o que é uma rede sem conexões?
Emissões de carbono: IA versus Humanos
Eric Schmidt, ex-CEO do Google, fez declarações recentes que botaram fogo no debate sobre IA e mudanças climáticas. Durante o AI+Energy Summit, Schmidt admitiu que a “fome por energia” da IA é “infinita”. Ele argumentou que, já que é assim, deveríamos investir ainda mais em IA e data centers para resolver a crise climática, em vez de focar em conservação.
Nesse contexto, um estudo recente publicado na Nature oferece uma perspectiva interessante ao comparar as emissões de carbono associadas à criação de conteúdo por IA e por humanos.
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