Você viu o que a Amy Webb falou do último South by? E o Techno-Future Behavioral Signals Tchopchuras 2037, aquele relatório que previu que todo mundo em 10 anos vai passar a viver num metaverso aromático alimentado por NFT de porquinho da índia vestido de jogador de futebol? Não? Xiiii... então talvez você esteja por fora das trends — ou talvez só esteja vivendo uma vida normal, com boletos e sem tempo pra baixar PDF de 700 páginas.
No episódio 6 do É Sobre Isso, a gente se debruça sobre a verdadeira tendência do momento: falar de tendências. Me juntei com a Catarina Cicarelli, o Guilherme Pinheiro e o Alexandre Maron pra discutir o fenômeno dos relatórios de futurologia corporativa — esses arquivos parrudos, cheios de gráficos, termos em inglês e promessas de que “quem não se adaptar, vai ficar pra trás”.
Mas será que esses relatórios servem mesmo pra prever o futuro? Ou viraram só um grande teatro de PowerPoint pra justificar decisão que já tava tomada? E até que ponto o FOMO — o medo de ficar pra trás, de não saber, de não ter opinião formada na reunião de segunda — entra nessa história e faz a gente achar que precisa urgentemente de uma estratégia de IA pra vender salada de fruta?
Tem de tudo nesse papo: desde o papel dos dados e da tal da metodologia (cadê a metodologia que tava aqui?) até o uso de slides que dizem “você está perseguindo objetos brilhantes enquanto ignora sinais estratégicos reais”. E a gente confessa até as vezes em que já usou uma “tendência” só pra validar aquela ideia que queria muito emplacar no cliente.
Se você já ficou paralisado diante de um PDF com mais páginas que o relatório da Polícia Federal, vem ouvir. E se nunca abriu um, melhor ainda. A gente te conta tudo o que você precisa saber — com estatísticas (de verdade ou não) e uma pitada de indignação criativa.